A modelo, influencer e nutricionista Maria Helena Paiva Antunes, 29, namorada de Vinícius Gritzbach, 38, morto a tiros em um ataque no aeroporto de Guarulhos na sexta-feira, 8, postou um vídeo em homenagem ao namorado. “Eu vi o cuidado de Deus comigo quando ele sussurrou no meu ouvido: ‘Filha nao explica não, deixa que o teu pai justifica la na frente’. Descanse em paz meu amor. Eu vou te amar pra sempre”, diz a influencer na legenda do vídeo – veja o vídeo aqui
O empresário transportava uma mala com joias no momento em que levou dez tiros de fuzil na área de desembarque do Terminal 2. Gritzbach era delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). As joias foram apreendidas pela polícia. O ataque ocorreu por volta das 16 horas e os atiradores estavam com o carro estacionado, à espera da vítima. Uma dupla de criminosos realizou pelo menos 27 disparos, conforme a perícia. Gritzbach foi atingido por dez tiros de fuzil, que transfixaram seu corpo.
O delator voltava de viagem quando foi executado. As imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Guarulhos mostram Gritzbach levando uma mala de rodinhas quando é surpreendido pelos atiradores. Ele tenta fugir, é atingido pelos disparos e cai perto da faixa de pedestres. É possível ver outras pessoas correndo por causa do tiroteio.
Após testemunhar o assassinato do namorado, Maria Helena Paiva Antunes detalhou à Polícia Civil os últimos dias que passou com ele. O relacionamento entre Vinícius Gritzbach e a namorada, de 29 anos, teria começado há cerca de um ano, a partir de um troca de mensagens no Instagram. Em depoimento à polícia, ela disse que o companheiro já havia relatado ameaças de morte. Segundo ela, na viagem ao Nordeste, ele chegou a pensar durante um jantar que um de seus inimigos estava lhe observando.
Maria Helena afirmou, de acordo com seu depoimento, que testemunhou Gritzbach comentar sobre ameaças de morte que recebia “por meio eletrônico”. Ele era jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), facção com a qual teria contribuído com a lavagem de dinheiro, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Ele também era acusado de envolvimento no assassinato de dois membros da organização criminosa.
O medo de ser morto perseguia Gritzbach, ao ponto de ele achar que um de seus inimigos observava o casal, durante um jantar, ainda no Nordeste.
“Na quarta-feira passada, estava jantando com Antônio Vinícius em São Miguel dos Milagres, quando Antônio Vinícius comentou que teria visto no local um homem muito parecido com um dos que o ameaçavam, mas achava que talvez não fosse, pois não estava fumando, e o homem que o ameaçava fumava demasiadamente.” Com informações do TNOnline e Metrópoles.